terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A vida na família








A vida na família Sl 128
Introdução.
         Qual a importancia do tema sobre família se algumas famílias vão estar incompletas? Pois bem, a importancia se dar pelo fato de se um membro se um concertar já ajuda na convivencia famíliar. Não há sucesso espiritual quando a família não tem o desejo de honrar a Deus.  A família é uma criação de Deus e não uma simples "instituição" social ou moral. Foi o próprio Deus criador que observou, depois de criar o homem, viu que não era bom que ele estivesse só.
E então Deus abençoou ao homem com  a mulher e ordenou que eles se tornassem uma só carne, e frutificassem. Por­tanto, quem estabeleceu a fa­mília foi o próprio Senhor Deus. Portanto, tudo o que a Escritura nos ensina a respeito do próprio homem de seus relacionamentos é fruto da sabedoria do Criador, daquele que estabeleceu estes relacionamentos e providenciou para que o homem os desenvolvesse, sobre tudo na família.
         O Salmo 128 nos ensina alguns princípios simples respeito desta aliança. Para tanto é necessário entender o contexto em que estes ensinamentos nos chegam:
Os Salmos é o livro litúrgico de Israel, o hinário do povo de Deus no Antigo Testamento. Portanto, a sua principal função era de ser usado na adoração, no culto glorificando a Deus e ao mesmo tempo ensinando ao homem.
Interessantemente, este livro de adoração trata de assuntos que são parte do cotidiano do homem, do seu dia a dia, do seu relacionamento com o seu Deus e com o mundo onde ele vive, incluindo todos os aspectos da vida humana e familiar. Um texto falando sobre homem, mulher e filhos - família. Existem salmos que falam sobre os inimigos do homem, sobre as opções que o homem tem que fazer no seu dia a dia, sobre a língua do homem e sobre o próprio culto a Deus. A razão disto é muito simples:
Cultuar a Deus não envolve somente participar do ato do culto público. Em palavras mais claras, não envolve somente vir à igreja. Cultuar a Deus envolve todos os aspectos da vida, do seu levantar ao seu deitar: o homem que serve a Deus "...  tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noi­te". (SI 1.2). São 24 horas ao lado do Senhor.
"Tu conheces o meu sentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pen­samento. Esquadrinhas o meu andar, e o meu deitar, e conheces todos os meus caminhos". (SI 139.1-3). Não há nada na vida do homem que escape, que esteja fora do alcance do Senhor. Uma igreja próspera espiritualmente é composta de famílias prosperas espiritualmente, que por sua vez é formada por membros fortes espiritualmente.
Para honrarmos a Deus na família, precisamos enfatizar  esses princípios que o sl  nos ensina. 
I – O PRINCIPIO DA OBEDIÊNCIA
Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos.
Estes são os dois segredos iniciais de uma boa vida familiar - temor a Deus e obediência.
Temor a Deus
Temor a Deus implica em primeiro lugar em reconhecer quem é Deus: O criador, o sustentador, o Deus de amor, o Deus da justiça, o Deus da verdade, o Deus da graça e misericórdia, o Deus salvador dos seus eleitos homens. O Deus da Escritura, com todos os seus atributos de verdade e de justiça, é o Senhor que deve ser temido.
Estou falando isto, porque hoje é muito comum, não só no mundo, mas no meio do povo de Deus, o homem fazer um deus que seja a sua imagem e semelhança e rejeitar o Deus da Bíblia como ele é.
Mas se o Deus que conhecemos é mesmo o Deus das Escrituras, o Deus santo e justo, certamente o temeremos.
Aqui entra um princípio importante para a vida familiar:
Sem reconhecermos a este Deus temos grande possibilidade de construirmos um relacionamento de frustração, de tristeza de quebra. Porém, reconhe­cer a Deus como Ele é, é o princípio de um bom relacionamento dentro do lar. Se este Deus for o princípio do seu relacionamento  então vocês estão a cami­nho de do seu lar, um lar abençoado. Você tem nas suas mãos a chave para viver uma vida de alegria, como nos diz o Salmo 127.1: "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam".
Obediência
         Estas coisas todas, porque o temor a Deus leva à obediência a Deus - o texto nos ensina que é Bem-aventurado aquele que anda nos seus caminhos.
Portanto, é importante que se conhe­ça ao Senhor, que se tema o seu nome e que se obedeça a sua palavra.
Em termos práticos, como isto funci­ona em casa, no relacionamento famili­ar?
O marido, desde o princípio estabe­lecido pelo próprio Senhor como cabeça da esposa (isto não é uma consequên­cia da queda como alguns imaginam), deve conhecer, temer e obedecer ao Senhor; quando este princípio, da obe­diência ao Senhor, não parte do marido, como cabeça e líder espiritual no lar, os problemas têm muito maior probabi­lidade de acontecer e acontecem com muito mais frequência.
Quando a esposa se recusa a aceitar este princípio, do marido como pastor da sua casa, os conflitos tendem a acon­tecer, sem ser encontrada uma solução. A mulher não pode ser a cabeça do ma­rido.
Quando os filhos não se submetem à autoridade dos pais, muitos são deso­bedientes, os problemas são maiores ainda.
Porém, é bom lembrar que muitas vezes a rebeldia dos filhos é fruto do fato de que os pais não pastorearam devida­mente os seus filhos e estes provavel­mente percebem inconsistências no re­lacionamento dos pais.
A melhor coisa que os pais podem dar aos filhos é a disciplina. O melhor presente que um pai pode dar a um filho é amar a mãe dele. O melhor presente que uma mãe pode dar a um filho é hon­rar e amar o pai dele.
Conseqüentemente, é papel do ma­rido, em primeiro lugar, obedecer a Deus. Em segundo lugar, ver para que sua es­posa também obedeça a Deus e ambos zelem para que os filhos, obedientes aos pais, vejam neles o temor do Senhor. Assim você marido vai estar cumprindo o papel de mediador. É papel da esposa zelar pelo seu esposo e segui-lo neste sacerdócio.
Na questão da obediência eu quero que um ponto fique bem claro entre vocês dois:
A carta aos Efésios capítulo 5 nos fala de submissão e por muitos anos tem sido ensinada uma submissão unilateral no casamento. Não creio que esta seja a verdade. O texto nos fala de mútua sub­missão, do marido à esposa e da espo­sa ao marido. Não há dúvida de que Deus estabeleceu o homem por cabeça, me­diador no casamento. Porém, isto não lhe dá direito à intransigência, exigência intolerante, e à regência do lar sem uma rainha. Deus tem que ser o rei dentro de sua casa.
II - O princípio do trabalho na vida familiar Vv. 2-3
Este é o segundo grande segredo para um lar de relacionamento feliz: Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás e tudo te irá bem. Deus honra o trabalho das mãos do homem.
Este princípio, assim como o primei­ro, está relacionado à criação. Assim como Deus criou homem e mulher e o casamento, ele também criou o traba­lho; Adão e sua esposa não foram cria­dos para serem vagabundos no jardim do Éden; Deus os comissionou para cri­arem sua família; Eva teria todo o tra­balho que pais hoje têm; eles deveriam explorar a criação, dar nomes aos ani­mais, cultivar o jardim e dominar a cria­ção; as artes, a tecnologia, a cultura de uma forma geral se desenvolveria den­tro do jardim; Deus não os criou para ficarem à toa. O trabalho foi dado como uma bênção ao homem e não como uma maldição.
Quando o homem optou pelo pecado e pela morte, Deus na sua misericórdia manteve as bênçãos anteriores - a mu­lher ainda daria à luz (agora com algu­ma dificuldade). O homem ainda pode­ria trabalhar e obter sustento (uma gran­de bênção), porém, agora haveria uma dificuldade maior para obter este sus­tento, mas ainda teria bênçãos.
Então, aquilo que nós comumente chamamos de maldição sobre o homem é na verdade bênção. Quando o homem optou por desobedecer a Deus este po­deria ter exterminado com a raça hu­mana suprimindo toda a bênção - da procriação, do trabalho e do domínio sobre o restante da criação.
O mundo de hoje considera o traba­lho como maldição. O antigo conceito de trabalho foi substituído pelo conceito de ganhar dinheiro. Quanto mais fácil me­lhor. Este é o princípio da ruína de um bom relacionamento, entre amigos, na família e principalmente no casamento. Observe que o texto liga o conceito de felicidade com trabalho e prosperidade » do trabalho comerás » feliz serás - a prosperidade prometida aqui não é de riqueza material, de ganhar dinheiro fácil e sim de ser honrado no trabalho que é feito em nome do Senhor, porque ele satisfaz a alma do servo e honra ao Senhor. Seja lá o que for que fizermos, devemos fazer para o Senhor.
O texto também reflete o princípio de integridade daqueles que vivem debaixo da aliança » tudo te irá bem » não só a metade, mas a vida. Isto implica em que não existirão problemas, dificul­dades e momentos de angústia?
Certamente não. A própria Escritura nos diz que viveríamos em tempos difí­ceis. Os próprios apóstolos e crentes em todos os tempos passaram por dificul­dades, mas nunca eram completamente derrotados porque viviam debaixo da vontade do Senhor revelada nas Escri­turas.
Quando Jesus disse em Jo 16.33 -"Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz, no mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo", queria simplesmente nos dizer que, apesar do mundo e de todos os problemas que enfrentamos nele, quando temos a certeza de que estamos fazendo a vontade do pai, tere­mos paz no coração.A consequência lógica de cumprirmos a vontade do Senhor na vida da família fica então clara no verso 3.

III - O princípio da convivência na vida familiar
Tua esposa no interior da tua casa será como a videira frutífera, teus filhos como rebentos da oliveira, ao redor da tua mesa.
A ênfase do texto é muito clara: tua esposa, tua casa, teus filhos, tua mesa.
A ideia básica é de exclusividade. Não é a nora de teus pais, nem a casa de teus pais, nem os netos de teus pais, nem a mesa de teus pais. Mas a tua casa.
Por isto deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.Este princípio é fundamental para um bom relacionamento. Casamento impli­ca em vida a dois, depois três e assim por diante. Se o casamento começa com seis, ele é muito mais difícil. A Escritura e o Deus da Escritura sabem disto e nós precisamos reconhecer isto também. Vocês precisam saber também.
Conclusão.
O pacto de Deus com os homens é sempre orientado por estipulações. Você encontra no pacto bênçãos e maldições. O casamento pode ser uma das duas coisas: uma grande bênção ou uma gran­de maldição.
A fidelidade de Deus consiste em abençoar aqueles que o temem e an­dam nos seus caminhos, e muitas ve­zes, em deixar que o próprio homem tra­ga sobre si a maldição de não seguí-lo.
Mas pastor, em casamento não se falam coisas ruins. Porém, irmãos, é hora de falar em verdade.
Esta é a mais simples verdade que posso lhes dizer:
Deus tem preparado grandes bênçãos para aqueles que o temem, porém, pre­cisamos atentar para a sua palavra:
"Eis como será abençoado o homem que teme ao Senhor!
O Senhor te abençoe desde Sião,
Para que vejas a prosperidade de Jerusalém durante os dias de tua vida, vejas os filhos de teus filhos. Paz sobre israel”


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