quinta-feira, 24 de maio de 2012

O DESAFIO DE CONHECER A NATUREZA DA SANTIDADE PRÁTICA

O  DESFIO DE CONHECER A NATUREZA DA SANTIDADE PRÁTICA. LC 1: 68 -75
Alvo do sermão.  Em primeiro lugar, procurarei mostrar no que consiste a santidade Que tipo de pessoa Deus chama de santo?em seguida, quais os elementos dessa santidade prática.
Introdução.
        Um homem pode ser bem sucedido sem jamais experimentar a verdadeira
santidade.
·   Santidade não se trata de conhecimento - Balaão tinha conhecimento.

·   Também não se trata de profunda profissão de fé cristã - Judas Iscariotes era um professo cristão.

·   Também não se trata de moralidade ou de respeitabilidade externa na conduta - o jovem rico caracterizava-se por tais virtudes.

·   Também não se trata de sentir prazer em ouvir pregadores - os judeus dos dias de Ezequiel tinham tal prazer. Também não é o fato de vir a igreja todos os cultos. Muitos fazem isso.

Essas coisas, por si só, não caracterizam a santidade. Um homem pode ter todas essas coisas e jamais chegar a contemplar o Senhor. 

Definição prática.

A santidade é o hábito de ter a mesma mente de Deus à medida que tomamos conhecimento da sua mente, descrita nas Escrituras. É o hábito de concordar com os juizos de Deus, abominando aquilo que Ele abomina, amando aquilo que ele ama medindo tudo quanto há neste mundo pelo padrão da sua Palavra. Uma família santa é aquela que em tudo concorda com Deus. Apartir do momento que entregamos a nossa vida a cristo somos novas criaturas,apartir daí, começa a santidade prática que se torna para nós um desafio (II Co 5:17). A partir da salvação entramos, num Processo continuo de regeneração em que adquirimos uma nova postura, abandonando velhos hábitos, reconhecendo a Santidade de Deus e buscando ser imitadores de Cristo. Isto é santidade pratica ou progressiva.
No que consiste, portanto, a santidade prática? Esta é a pergunta difícil responder. Eu sei que já se fala muito em santidade, mas permitam-me tentar traçar um quadro da santidade prática na família, a fim de podermos contemplá-lo com os olhos da mente com clareza.

I – A SANTIDADE PRÁTICA CONSISTE EM ESFORÇAR-SE PARA EVITAR O PECADO. Rm 7:22; Sl 119:128

1.   Uma familia santa é aquela em que os membros em particular se esforçará por evitar todo pecado conhecido, observando cada mandamento revelado. Terá uma decidida inclinação mental para Deus. Um desejo no íntimo de cumprir a sua vontade; um maior temor de Deus e um amor a todos os caminhos de Deus. A ponto de sentir o prazer na lei de Deus" (Rm 7.22).  E também a ponto de reconhecer que são retos os preceitos do Senhor e aborreçer os caminhos de falsidade.

2.   Uma família santa esforçar-se-á por ser semelhante ao Senhor Jesus Cristo. Não somente viverá a vida de fé em Cristo, extraindo dEle toda a sua paz e força igualmente esforçar-se-á por ter a mesma mentalidade, de ser conforme à sua imagem(Rm 8.29). Seu alvo será tolerar e perdoar outros, tal como Cristo nos perdoou; ser altruísta, como Cristo também não agradou a sí mesmo; andar em amor como Cristo nos amou; ter uma atitude humilde e despretensiosa, tal como Cristo, que tornou-se sem reputação e humilhou-se a Si mesmo (Fp 2:5-8). A família se lembrará que Cristo foi a testemunha fiel da verdade! Ele não veio para fazer a sua própria vontade; que a comida e a bebida é cumprir a vontade do Pai; que negava-se a Si mesmo continuamente, a fim de mostrar aos outros; que Ele era manso e paciente, mesmo quando insultado sem motivo; que Ele tinha em mais alta conta os piedosos pobres do que os reis; que era cheio de amor e compaixão pelos pecadores; que era ousado e intransigente na denúncia contra o pecado; que não buscava o louvor humano, embora pudesse tê-lo recebido; que saiu fazendo o bem a todos; que Se separava de pessoas mundanas; que Se mantinha em oração constante e que não permitia que os entes mais chegados interferissem, quando o trabalho do Pai precisava ser feito. Isto é o que uma família santa procurará lembrar.
3.    Ela procurará moldar o curso de sua vida por essas qualidades. (l Jo 2.6; l Pe 2.21-25);  Feliz é aquele que já aprendeu a fazer de Cristo o seu "tudo", tanto na salvação quanto no procedimento. Muito tempo seria poupado e muito pecado seria evitado, se os homens indagassem de si mesmos, com maior freqüência: "O que teria dito ou feito| Cristo se estivesse em meu lugar?"
Uma família santa seguirá a mansidão, a longanimidade, a gentileza ciência, a brandura, o controle sobre a própria língua. Esforçar-se a mortificar os desejos do corpo, crucificando a carne com seus afetos e  controlando seus maus desejos, restringindo suas inclinações carnais a fim de que em tempo algum venha a deixá-las em liberdade (Lc 21.34; l Co 9.21).
II - A SANTIDADE PRÁTICA CONSISTE EM RECONHECER QUE O PECADO PREJUDICA A FAMÍLIA Gn 3.8-12;  I Pe 1.16 “Pois escrito está: Sede santos porque eu sou santo”.
1.   Deus nos chama para uma vida de santidade. Devemos ser santos em toda nossa maneira de viver. O pecado nos separa de Deus e quando admitimos pecado, nossa família é prejudicada.
No relato bíblico da queda do homem há detalhes muito importantes que nos ajudam a entender o quanto o pecado prejudica o relacionamento familiar.  O pecado nos separa de Deus( Is 59:2. V. 10) provocando uma barreira entre nós e Deus.

2.   A Bíblia afirma que o ser humano vivia nu e não tinha problema de malícia e maus pensamentos. O pecado fez Adão esconder-se de Deus. (V. 10). A santidade de Deus nos faz enxergar nosso pecado (Is 6:5), e a necessidade de uma prática de santidade.
Não só nos faz fugir de nossas responsabilidades como nos afasta o amor para com Deus e para com o próximo. V. 12 Quando Adão culpou Eva, estava sendo muito egoísta, e somente pensava em si mesmo, sem se preocupar com o que aconteceria com ela. Muitos maridos esfriam no amor e no relacionamento com a esposa, e não a respeita jogando a culpa dos problemas sobre ela. Isto mina a confiança e o amor, tudo isso porque o pecado não tem consideração e não faz diferença onde mora. Deus providenciou uma solução para o pecado (I Jo 1.7-9). O Sangue de Jesus Cristo nos purifica, Se confessarmos Deus perdoa e mantém a santidade na família. 

3.   Três ferramentas que ajudam a manter a santidade na família:
·        Oração “Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz.” Tiago 5.16
É muito importante que marido e mulher orem juntos e que os pais orem por seus filhos e vice versa. A Bíblia ensina a importância da oração uns pelos outros:
·        Perdão “Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou.” Colossenses 3.13.
Nos relacionamentos há muito mais facilidade para cometermos pecados uns contra os outros. Aí vem a importância de perdoar, assim como Cristo nos perdoou.

·         Palavra de Deus “Santifica-os na verdade; a tua Palavra é a verdade.” João 17.17-19
A Palavra de Deus promove a santificação para que possamos ser famílias santas para, através de nós, abençoar as demais famílias da sociedade.
III - A SANTIDADE PRÁTICA CONSISTE EM UM COMBATE DO PECADO I Pe 1:15; 2 Cor 7.1
1.      Quando falamos em santidade, estamos tratando de algo primordial na vida cristã. A santidade deve ser abrangente e vivida em todas as áreas da nossa vida. Precisamos ser santos não somente dentro da igreja aos olhos do pastor, mais é necessário sermos santos em toda nossa maneira de viver; isto inclui no trabalho, diante da sociedade e, principalmente em casa, pois a santidade na família é a base para a santidade da igreja. Dizemos que um grande desafio  ser santo na prática por cauasa da natureza caída. É mais fácil fingir santidade na igreja do que fingi-la no dia a dia em casa; pode até ser que aconteça, mais dificilmente alguém conseguirá ser santo em casa e não ser na igreja, o que ocorre na maioria das vezes é que a pessoa é “santa” apenas aos olhos dos irmãos, mais não é em casa, e muito menos aos olhos de Deus. Exemplo: Na igreja o irmãozinho é um amor, em casa um horror! Na igreja canta hino; em casa fala palavrão! Na igreja lê a Bíblia ; em casa lê revista secular.
2.      Deus é um Deus santo e os seus filhos devem andar conforme o seu pai, ou seja, em santidade! Obviamente que o maior responsável pela santidade na família é o pai por ser ele o cabeça da família, mais isso não quer dizer que os demais membros da família não tenham a sua parcela de responsabilidade. Cada membro da família contribui com uma parcela para que a família seja santa. Assim sendo: O papel do pai é fazer valer a sua autoridade,  pois ele é um legislador. Os filhos estão debaixo da autoridade dos seus pais, devem obediência aos mesmos; portanto, quando um filho traz para a sua casa algo que fere a santidade de Deus e o seu pai permite, a culpa será dele. Não obstante cada o filho responde diante do Senhor pelos seus próprios atos,por exemplo: tudo o que ocorre de errado na família sem que o pai o saiba, será cobrado apenas daquele que praticou; mais se o pai, sabendo, o consente; responderá diante de Deus por não ter usado da sua autoridade para impedir o erro.
Com relação a sua esposa, o marido também deve zelar pela santidade da mesma (Ef 5.25-27). Em suma, o pai tem a função de zelar pela sua própria santidade e pela santidade da sua casa, e Deus cobrará também aquilo que é conferido a cada um.:

3.      A mãe tem sua importante participação santidade prática. Quando olhando para a família, percebemos que a mulher, na sua função de auxiliadora, zelará pela ordem e obediência em todas as atividades da casa, ou seja, a mulher será o suporte para que o marido tenha êxito na sua busca pela santidade da família.
Quando o marido não é cristão; neste caso é que a posição da esposa cristã torna-se mais evidente e perceberemos a sua importância e o seu poder de influência na família (I Co 7.12-14). Em uma família que possui um dos cônjuges não cristão, a responsabilidade de um bom testemunho e de mostrar a santificação aumenta no que é cristão. Muitas vezes a importância da mulher não é notada devidamente pelo esposo, mais percebemos esta importância facilmente no caso da mulher cristã, cujo cônjuge não é convertido; observamos que, com sabedoria, trará aos seus filhos o temor do Senhor e a sua santidade.
Conclusão:
A santidade deverá ser mantida na família e buscada com zelo por todos os seus membros. Não devemos ser santos apenas aos olhos das pessoas, mais diante de Deus em todas as áreas da nossa vida e em todos os momentos. Todos os membros da família são responsáveis de alguma forma pela santidade da casa, embora o maior responsável seja o pai.  Por se dá que a santificação prática é um grande desafio para a família cristã contemporânea.


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