sábado, 12 de maio de 2012

QUEM TERÁ SIDO O FELIZARDO?



Quem terá sido o felizardo?
Na calçada, no momento exato em que passei ao lado da jovem senhora, ela falou no celular, sem o menor esforço para baixar o volume da voz:  Eu te amo! Ela declarava o seu amor a quem? Ao marido? Ao filho? À melhor amiga? Ao pai? Fiquei curioso e até querendo ter coragem para parar, perguntar de quem se tratava e elogiar a sua carinhosa iniciativa.
Mas isso não importava. Para mim, bastava o prazer de saber que alguém, do outro lado da linha, teve o privilégio de escutar uma das frases mais doces que podem penetrar o ouvido humano. E também de lembrar que ainda existem declarações de amor no mundo - não apenas no profissionalismo dos filmes, na cama de um motel, na hipocrisia de interesses escondidos, mas na simplicidade de um telefone, andando numa calçada em pleno calor do sol.
Não há mais romantismo  como antigamente. Mas costumo exercitá-lo sempre que posso. antigamente mandávamos flores, mas a tecnologia vem nos ensinando a simplificar as coisas, e hoje um simples “eu te amo” já ganhamos o dia. Um dia a minha esposa me ligou quando estava eu viajando e disse~:  “Não posso falar muito, só te liguei pra TE DIZER QUE TE AMOOOOOO”. e o eco de sua voz logo foi cortado pela falta de créditos telefônico. Isto me deixou tão orgulhoso que corri até a próxima loja e coloquei crédito no seu telefone, e retornando a ligação disse eu : “ EU TAMBÉMMMMMMMM. minutos depois ela escuta  a mensagem: você depositou 20 reais , seus créditos são:20, reais 1 centavo. 
Teste de memória: para quem, quando e onde foi a última vez que você disse 'Eu te amo'? mesmo pelo telefone?




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